Nessa semana, uma parte da nossa equipe foi conferir a 10 edição do Fórum de Internet Corporativa (FIC), que desta vez teve como tema Engajamento: causa e experiência estabelecendo conexões entre marcas e pessoas.
A primeira palestra, e talvez a mais mágica de todas, foi feita pelo José Carlos Rodrigues, responsável pela Disney Interactive Brasil, justamente para explicar a razão de alguma marcas serem mais mágicas do que outras. O foco da fala dele foi bem específico: DNA DE MARCA. O palestrante ressaltou a importância das marcas reconheceram sua causa e trabalharem em torno dela. Isso torna a conversa com o consumidor muito mais transparente e sincera e o resultado é: engajamento.
Na sequência foi a vez do coordenador de Estratégia Digital na Telefônica, Rafael Soares Gonçalves falar sobre os desafios do projeto “Social Care”, na Vivo. Ele falou sobre a importância do SAC 3.0 e de como é necessário estar inserido no contexto do cliente para melhorar esse tipo de serviço. Mas deixou claro que no digital, algumas métricas são muito diferentes do processo analógico. Por isso é preciso encontrar um método específico e que atenda as demandas de um público que agora interage em todas as plataformas e espera respostas cada vez mais certeiras e rápidas.
A última conversa da manhã foi com o superintendente de Marketing e Canais do Sicredi, Daniel Ferretti. O tema? O desafio do Sicredi em replicar o atendimento humano e próximo em seus canais de autoatendimento. Uma aula sobre como conhecer bem o posicionamento da sua marca faz diferença na hora de ocupar um espaço digital. Daniel explicou que a intenção não é concorrer com grandes bancos e sim, oferecer ao melhor experiência ao associado do Sicredi. “Os novos serviços têm foco nas pessoas e nosso objetivo é fazer a experiência de cada ser rica e cada vez mais simples, por isso investimos em pesquisa de tendências nessa área”, explicou.
No período da tarde, a história da Mercur impressionou todos mundo que estava por lá. Uma empresa que existe desde 1924 e precisou reinventar a forma de fazer comunicação para continuar atual. O que mais chamou atenção foi o fato dessa iniciativa ter vindo diretamente de um dos diretores da empresa. Agora a Mercur faz comunicação “com” as pessoas e não mais “para” elas. Assim, a marca descobriu sua verdadeira vocação e se aproximou muito não só dos consumidores, mas também de colaboradores e da sociedade local no entorno da fábrica.
A história mais inusitada do evento foi contada pelo francês François-Ghislain Morillion, que contou a história da marca fundada por ele e por um amigo, a VERT, que faz tênis sustentáveis. O modelo de negócio da marca é absolutamente inovador, que faz questão de conhecer o processo produtivos dos materiais antes de fechar negócios com fornecedores. Além disso, a redução de estoques faz com o que o sistema se torne viável, sem que o produto fique muito caro. Preocupação ambiental e social são o maior legado da VERT, uma marca que não investe em publicidade e garante que a história/causa é o que faz vender. “Só com a nossa história, conseguimos uma infinidade de mídia espontânea. É assim que gostamos de fazer”, explicou o co-fundador. Inspiração mostrando que DNA de marca não é exclusividade das grandes!
Quem fechou com chave de ouro foi o diretor de Marketing da Coca-Cola/Vonpar, Luiz Fernando de Mattos, falando sobre as ações da marca para engajar em torno do tema “felicidade”. Novamente o foco foi a importância de estratégias que apresentem a marca como um todo e não concentradas em campanhas específicas. No caso da Coca-Cola, a interação com um público mais jovem foi o que norteou uma série de ações apresentadas, e que nem sempre tinham relação direta com o produto, mas sim o que o sentimento que ele vende. E no fim de tudo, obviamente, teve Coca-Cola gelada para todo mundo abrir a felicidade no FIC.
Fotos: William Nihues