Podemos definir como “novas mídias” as tecnologias que estão tomando lugar das mídias tradicionais, como rádio e televisão. O celular e suas infinitas possibilidades, o streaming como uma ferramenta inovadora e ainda sem limites, entre tantas outras. Possibilidades não faltam, mas até onde podem ir essas novas mídias? E será que elas vêm para ficar?
Todos os dias surgem novos aplicativos, novas redes sociais, novas formas de distribuir conteúdo. Junto com essas tecnologias estão usuários que vivem em uma dualidade constante: ao mesmo tempo em que estão saturados da enxurrada de informações recebidas diariamente, eles também estão ávidos atrás de novidades que facilitem sua vida pessoal e profissional.
Rede social do momento, o SnapChat anunciou funcionalidades bem interessantes no últimos dias. Uma delas é a possibilidade de criação de filtros personalizados para usuários e marcas, ampliando as opções de interação e personalização de conteúdo. A outra novidade foi lançada na surdina e ninguém esperava. Durante a cerimônia do Oscar 2016, todos os usuários que acessaram a página inicial do Snapchat na web eram direcionados para a Live Story do Oscars. O player na web trouxe uma funcionalidade inspirada no Netflix (com a mensagem “Still Watching?” caso o usuário tenha deixado a aba aberta), e a outra relacionada com o DNA da própria rede social, uma proteção contra screenshots, que borra a imagem ao dar pause.
Grande parte dessas mudanças significativas que vemos todos os dias são impulsionadas pelas marcas, que buscam ainda mais apelo entre o público ao ligar suas estratégias a questões sociais. Um desses exemplos é a campanha de Dia da Mulher do Always, que propõe uma maior representatividade feminina nos emojis usados em redes sociais. Como base para a campanha eles utilizaram uma pesquisa feita com garotas entre 16 e 24 anos, que revelou que 82% delas usam emojis todos os dias.
Outro caso que une marca e questão social é o projeto Emoti Sounds da Live TIM, que criou um plugin para o NVDA (leitor de tela mais usado do mundo) que permite que cegos “ouçam” os emojis detectados pelo programa. Eles traduziram 68 emojis para sons que os representam e disponibilizaram o plugin gratuitamente. Aliás, seriam os emojis uma nova “nova mídia?”
Em um mundo em que os Adblocks contam com mais de 500 milhões de downloads, o desafio das marcas é exatamente largar a publicidade tradicional (mesmo que digital) e começar a fazer parte da vida de seus clientes de uma forma criativa e não invasiva, utilizando gifs, emojis, novos aplicativos e outras variadas possibilidades que podemos nem imaginar ainda. Nesse cenário já ficou claro que as novas “novas mídias” não possuem limites.