Um fenômeno russo chamado Prisma

Se você é um usuário de Instagram, já deve ter notado na sua timeline algumas imagens artísticas, parecendo pinturas. Se ainda não teve a oportunidade: prazer, Prisma.

Nascido em Moscou, o projeto Prisma, da startup liderada pelo russo Alexey Moiseenkov, atingiu a impressionante marca de 42 milhões de downloads do aplicativo. Em apenas (pasmem) dois meses.

 

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Utilizando inteligência artificial com algoritmo de deep learning chamado Convolutional Neural Networks, o artístico app para iPhone procura e analisa formas em diferentes camadas da sua foto. Com base nestas formas, pincela a imagem conforme o estilo escolhido, transformando sua foto em uma linda pintura inspirada por grandes artistas como Van Gogh, Mondrian, Picasso e outros.

 

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O mais interessante é que este tipo de mágica digital não é totalmente novo, pois já estava sendo utilizado por um site alemão, mas com uma performance ruim, já que cada transformação de foto para pintura demorava horas ou até mesmo dias.

Levando alguns segundos e poucos toques na tela para gerar uma pintura, o Prisma ganhou um grande número de usuários através de uma perfomance invejável (quase 1000x mais rápido que o site), chamando atenção de celebridades e, consequentemente, do grande público, justificando seus 42 milhões de downloads e uma versão não autorizada para Android.

 

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LINDO APP. Mas como o Alexey sobrevive? De onde sai o dinheiro? Segundo uma breve entrevista para o site Tech Crunch, Alexey afirma que o projeto possui múltiplos investidores e que não há planos, por ora, para gerar receita com o app. Porém, os próprios analistas do Tech Crunch insinuam que a startup chamará atenção das redes sociais consolidadas, como Facebook, Instagram (que pertence ao Facebook) e Snapchat.

Um caminho quase natural é que o Prisma seja comprado como um filtro para o tratamento de imagens, seguindo o caminho do Looksery (responsável pelos selfies animados) e do Bitmoji’s (responsável pelos stickers de avatares personalizáveis), que foram adquiridos pelo Snapchat, por 150 e 100 milhões de dólares cada.

Enquanto a compra não ocorre e o senhor Moiseenkov não coloca anúncios nem vende filtros extras, divirta-se com suas fotos em versões de grandes artistas.

Além do uso pessoal, as empresas também podem se divertir com o Prisma. As marcas podem se arriscar no mundo novo (se o seu público for aberto a isto) e utilizar a ferramenta abertamente em suas pautas. Um bom exemplo é usar para quebrar o gelo ou mostrar o mood de uma campanha, produto ou serviço.

Interessante, não? Conte conosco para conversar mais sobre novas tecnologias interessantes para sua marca.